18/05/2009

Neruda

O meu amor
Não te amo como se fosses rosa de sal,
topázio ou seta de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma. Amo-te como a planta que não floriu e tem dentro de si, escondida, a luz das flores,e, graças ao teu amor,
vive obscuro em meu corpo denso aroma que subiu da terra.
Amo-te sem saber como, nem quando,
nem onde,amo-te siplesmente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,
a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com o meu sono.
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,mas a amada já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda

1 comentários:

Anônimo disse...

Muy lindo tu blog
entre para ver si entendi aglgunas palabras y me encanto

=)

 
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